Repertório de Carlos Ramos
Criação de Carlos Ramos no filme luso-francês Lavadeiras de Portugal
Música de Carlos Ramos e Alberto Correia. Éden Teatro, 1964
Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
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Informação de Francisco Mendes e Daniel Gouveia
Livro *Poetas Populares do Fado-Canção*
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Desde que vi os teus olhos
Tenho o meu fado marcado
Meu fado, são os teus olhos
Teus olhos, são o meu fado
Teus olhos, meninos tontos
Dentro de mim estão brincando
Se ergo os meus olhos um pouco
Vejo os teus olhos dançando
Eu quis cantar
Ao teu olhar que me encantou
Pois nele achei
Como não sei, inspiração
Foi o calor dum olhar teu
Que me prendeu, e desde então
O teu olhar é a razão desta paixão
Todas as minhas canções
Vivem do teu lindo olhar
Quando não olhas p'ra mim
Já eu não posso cantar
Teus olhos são dois poetas
De grande imaginação
Foram eles que ditaram
Os versos desta canção
Este começou por ser um fado tradicional para quadras
com música de Carlos Ramos chamado Fado Olga.
Mais tarde, para o filme Lavadeiras de Portugal, Fernando Farinha
escreveu uma letra com refrão, em que as quadras eram cantadas
no Fado Olga e Alberto Correia compôs a música para o refrão.
Sob esta última forma passou a ser conhecido este fado, mantendo
a designação de Fado Olga.
A letra completa, porém – ao que se sabe, jamais cantada na totalidade
nem no filme, nem em gravações discográficas posteriores –, é a seguinte:
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Desde que vi os teus olhos
Tenho o meu fado marcado
Meu fado são os teus olhos
Meu fado são os teus olhos
Teus olhos são o meu fado
Teus olhos andam nas ondas
Teus olhos andam nas ondas
Que o meu barco vai sulcando
Sempre que olho para o mar
Sempre que olho para o mar
Vejo os teus olhos dançando
Eu quis cantar
Eu quis cantar
Ao teu olhar que me encantou
Pois nele achei
Pois nele achei
Como, não sei, inspiração
Foi o calor d’um olhar teu
Que me prendeu e desde então
O teu olhar é a razão desta paixão
Todos os fados que eu canto
Foi o calor d’um olhar teu
Que me prendeu e desde então
O teu olhar é a razão desta paixão
Todos os fados que eu canto
Vivem no teu lindo olhar
Quando não olhas p’ra mim
Quando não olhas p’ra mim
Já eu não posso cantar
Teus olhos são dois poetas
Teus olhos são dois poetas
De grande imaginação
Foram eles que ditaram
Foram eles que ditaram
Os versos desta canção